ROTEIRO
1ª parte
MADRASTA: - Acorde Joaquim Maria!
NARRADOR: - Joaquim Maria teve um sonho, que era ao contrário de sua realidade.Sonhou que era alguém importante e respeitado.
MADRASTA: - Acorde! Você não sabe que Deus ajuda quem cedo madruga?
NARRADOR: - Não tinha jeito.Ele tinha que levantar, tinha que vender os doces que sua madrasta preparava para ajudar na renda familiar.Por isso não estudava.Não tinha tempo para ir a escola.
- Joaquim se levantou, trocou de roupa e foi tomar café.
JOAQUIM: - Cadê meu pai?
MADRASTA: - Arranjou um trabalho em Botafogo.Termine logo o café e vai vender os doces. Vai! ( Lhe entrega a cesta )
JOAQUIM: - Obrigado. ( Pega a sexta e sai )
NARRADOR: - Era natal, e ele tinha combinado com a madrasta e com seu pai, encontra-los na igreja da candelária para a missa do galo.
- Naquele dia, Joaquim não teve sorte em vender os doces, então fez como sempre fazia quando não conseguia vender os doces.Foi para um lugar mais longe tentar a sorte.Chegando lá, avistou uma casa grande e bonita, que já havia visto antes.Quando viu um escravo carregando um galão de água e perguntou:
JOAQUIM: - Boa tarde!
ESCRAVO: - Boa tarde.
JOAQUIM: - Amigo, por algum acaso você sabe quem mora nessa casa?
ESCRAVO: - Dizem que é um bruxo, um tal de Cosme Velho. Mas não deve ser ruim não, pois se fosse, meu patrão já tinha colocado ele pra correr!
NARRADOR: - Joaquim Maria pensou que se ali morasse um bruxo, poderia cura-lo de uma doença que lhe fazia desmaiar e perder os sentidos.
ESCRAVO: - Mas eu nunca vi ele não. Até parece que a casa está vazia.
JOAQUIM: - Ah! Brigado.
ESCRAVO: - De nada. Tchau.
NARRADOR: - Então Joaquim sentou-se debaixo de uma árvore, pois estava cansado, já eram três horas da tarde, e ele não havia comido nada, pois nada venderá.Não comia os doces, pois sentia-se culpado. Quando vendia algo, usava um pouco do dinheiro para comer alguma coisinha.
JOAQUIM: - Ai! Acho que estou com fome.
NARRADOR:- Não. Por mais que estivesse com fome, não era dor de fome que lhe atacará aquela hora, mais sim sua doença chegando em ação, como vertigem, até ele perder todos os sentidos.
( A IMAGEM FICA PRETA)
JOAQUIM: Ai! Quando acorda, está em um sofá! (Olha para o relógio, e vê que já são cinco e meia da tarde.)Quando olha para outro cômodo vê um homem mais velho, que lhe pergunta:
BRUXO: - Está bem?
JOAQUIM: Sim. Mas onde estou?
BRUXO: - Quer comer alguma coisa?
JOAQUIM: - Sim, quero.
BRUXO: - Vou preparar um chá, e alguns biscoitos pra você.
( Entra o Bruxo com os biscoitos, e chá.)
NARRADOR: - Joaquim está vendo uma estante que continha muitos livros. Já que era apaixonado em escrever, encanta-se pelas obras.
- Enquanto Joaquim come, conversa com o homem, que diz que já escreveu alguns livros, e para alguns jornais.
JOAQUIM: - Qual é o seu nome?
NARRADOR? – O homem, sempre desconversava. Então Joaquim olhou para o relógio, e viu que já eram sete horas da noite.
BRUXO: - Vou preparar a janta, já que a cozinheira não veio. Sinta-se em casa. A CASA É SUA!!!
MENINO: - Está bem.
( O homem sai, e o menino vai conhecendo os cômodos da casa. Até que chega a um jardim.)
JOAQUIM: Oh!
CAPITU: Venha até aqui, tenho que conversar com você. (Joaquim foi.)
CAPITU: Meu nome é Capitu.Qual seu nome?Você conhece esse homem que mora ai? Então. Me faz um favor? Diz para ele escrever outra história sobre mim. Ele escreveu uma história totalmente ao contrário do que eu queria. Eu apenas queria ser personagem de um livro, mas, eu morro no fim do livro!!!
JOAQUIM: Meu nome é Joaquim e conheço o homem que mora aqui. Prometo que faço ele escrever outra história sobre você.
( Sentam-se num banco do jardim e começam a conversar sobre a vida deles. Até que se beijam.)
BRUXO: - Joaquim. Vem comer!! Está pronto, venha. Vamos Joaquim. Cadê você?
CAPITU: - Tenho que ir. ( Beija Joaquim.)
JOAQUIM: - Espere!
( Capitu pula o muro e se vai.Joaquim desce para jantar.)
BRUXO: - Onde você estava? Não me ouviu te chamar.
JOAQUIM: - Ouvi sim! Estava apenas conhecendo casa. Já estou aqui. Basta?!?!
BRUXO: - Vamos comer.
NARRADOR: - Enquanto comiam, eles conversavam.
JOAQUIM: - Você já escreveu uma história sobre uma tal de Capitu, não já?
BRUXO: - Já sim, por que? Como você sabe?
JOAQUIM: - Não interessa. Gostaria apenas, que você reescrevesse a história. E que Capitu vivesse um grande amor e, não morresse no final da história. Você pode fazer isso?
BRUXO: - Não. Um poeta escreve aquilo que sente e não o que as pessoas querem. Escrevi uma coisa que veio do meu pensamento, e não vou mudar de idéia.
JOAQUIM: - Quem você acha que é? Você pode mudar de idéia sim!! Custa atender o pedido de um pobre garota?
BRUXO: - Sim! Você não sabe o que eu passei...
JOAQUIM: - Não seja ridículo. Você, passou por situações ruins como a minha? Você tem uma ótima casa, tem dinheiro,certamente é rico. O que você sabe sobre dificuldades da vida?
BRUXO: - As mesma que você sabe. Perdi minha mãe e minha irmã que eu amava, e minha madrinha que fazia tudo por mim. E ainda sofro de uma doença em que eu desmaio e , perco todos os sentidos!
JOAQUIM: - Quem você pensa que é???
BRUXO: - Sou Joaquim Maria Machado de Assis.
JOAQUIM: - Não!!! Não pode ser!!!
BRUXO: Mas é!!! Eu sou você daqui a muitos anos.
JOAQUIM: - Eu vou embora. E é agora!
BRUXO: - Não é tão simples assim. Para você se encontrar comigo, você fez uma viagem no tempo.
JOAQUIM: - Eu vou embora!!!
NARRADOS: - Quando chegou a porta, viu um gato, que se transformou em um rinoceronte.Em poucos estantes viu-se em cima dele, e fez uma viagem.
HOMEM DA CHARRETE: - Ei... Acorde menino... Acorde.
JOAQUIM: - An?? Onde estou?
HOMEM DA CHARRETE: - Caído na rua. Vamos, levante-se. Você deu sorte que te vi aqui. Qualquer um que passasse não te veria. Vi apenas seus pés e uma cesta. Está bem?
JOAQUIM: - Sim. Estou.
HOMEM DA CHARRETE: - Pra onde você está indo?
JOAQUIM: - Pra igreja da Candelária, celebrar a missa do galo.
HOMEM DA CHARRETE: -Então deu sorte. Estou indo para la também. Vamos. Suba!
( Joaquim sobe na charrete.)
JOAQUIM: - Muito obrigado moço!
HOMEM DA CHARRETE: - De nada! Mas... o que há dentro dessa sua cesta?
JOAQUIM: - Doces que minha madrasta prepara.
HOMEM DA CHARRTE: - Pode me dar tudo! ( tira uma nota de alto valor do bolso e entrega para o menino) – Isso dá?
JOAQUIM: - Dá sim moço!! Muito obrigado. Mas pra que tantos doces?
HOMEM DA CHARRTE: - Sou um advogado. Tenho família grande!
NARRADOR: - Então, chegaram a igreja, se despediram, Joaquim foi procurar seu pai e sua madrasta e foi linda aquela noite de natal.
ROTEIRO
2 ª parte
NARRADOR: Joaquim Maria Machado de Assis, cresceu, ingressou-se na política, casou-se, mas não teve nenhum filho. Perdeu a mulher com mais ou menos 30 anos de casado.
- Um belo dia, estava sentado na seu escritório, e sua doença atacou, então desmaiou. Quando acordou, viu na sua frente ele, quando era pequeno. Como se tivesse feito uma viagem ao eu passado. Conversou com ele mesmo. Quando acordou, bateu a cabeça, e morreu. Vieram muitos amigos fazer homenagem. Mas o que eles não viram era que lá fora havia uma menino mulato, que olhava atentamente o que acontecia dentro da casa.
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